Quando se está de acordo com os estereótipos de gênero, é assim que funciona a lógica comportamental humana. A sociedade patriarcal e a grande mídia andam lado a lado. Entre manipulações e reproduções, se esforçam para convencionar certos estereótipos como elementos típicos dos universos masculinos e femininos. A vida real tá aí para nos provar um tanto de fatos, inclusive o de que tais estereótipos servem para aprisionar as liberdades individuais de cada pessoa, ao mesmo passo em que privilegia homens e oprime mulheres com a existência do machismo. Sou mulher, e por isso, durante muito tempo a socialização patriarcal me fez acreditar que eu não poderia desempenhar determinados papéis justamente por conta do meu gênero. Eu estava enganada. Talvez se na minha infância eu tivesse tido contato com as referências certas, eu rapidamente teria compreendido que SIM, mulheres são incríveis e podem fazer muitas coisas. Falei esse blablabla todo para contextualizar melhor na cabecinha de vocês a motivação pela qual lancei uma série de vídeos chamada "ELAS INSPIRAM". O meu objetivo é justamente esse, compartilhar os feitos, fatos e histórias de personagens femininas a fim de enaltecer as mulheres e compartilhar com o mundo o quanto nós podemos ser inspiradoras (não que a gente já não saiba disso rsrs). Além disso, pretendo retratar a mulher além dos tão apreciados estereótipos que a mídia costuma propagar por aí. Mulheres inspiradoras não se resumem a modelos de capa de revista. Nós somos muito mais que isso. Somos seres reais. Temos sentimentos, vontades e capacidades. E é graças a esses elementos que também conquistamos e promovemos muuuuitas coisas importantes. Para assistir ao primeiro vídeo da série, clique aqui (eu falei sobre uma garota incrível, chamada Malala). Espero que vocês gostem (fiquem de olho lá no canal -e se inscrevam- para ter acesso ao próximo episódio). Beijoooos!
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Desde o começo desse ano que uma série de ilustrações super lindas e empoderadoras estão dando o que falar na internet (especialmente nos meios nerds feministas). Tais ilustrações se resumem na junção da mensagem central "FIGHT LIKE A GIRL" (Lute como uma garota, em inglês) + Alguma personagem feminina marcante, desse jeitinho aqui: Muito amor né? *-* E essa é só uma das mais de 40 ilustrações que já existem, que aliás, vocês podem conferir através da página oficial da ilustradora, a Kaol Porfírio, clicando aqui. Só para vocês terem ideia, o sucesso dessas ilustrações foi tãããooo grande que 3 lojinhas super fofas fecharam parceria com a ilustradora responsável por tais artes, dando inicio assim a coleções de produtos variados (que vai desde vestuário adulto e infantil até bottons e canecas) com a temática "FIGHT LIKE A GIRL". E euzinha aqui, que já estava super in love pelos desenhos, aproveitei que tinha um dinheirinho sobrando e garanti duas camisas para mim!!! *-* E essas foram as girls (personagens femininas) que eu escolhi: A pequena-grande-garota, Arya Stark (da série Game Of Thrones)... E a que luta maravilhosamente bem mesmo sem ser alquimista, a General Armstrong (do anime Fullmetal Alchemist). E é assim que fica as t-shirts no meu corpitcho!!! Existem vários modelos de roupa, e no meu caso eu escolhi uma t-shirt comum e outra com manguinha 7/8 + gola v (para usar naqueles dias mais "friozinhos" daqui do RJ, rs). Na época que eu comprei (Março desse ano), paguei na faixa de R$42 por cada peça, mas sei que hoje o valor já está um pouquinho mais caro. A loja que vende é a Toda Frida, e eu simplesmente AMEIIII o serviço de lá! Além de eu ter trocado várias mensagens com a empresa e ter sido respondida com muita atenção, fiquei encantada quando recebi o produto e vi todo o capricho da embalagem: caixinha de papelão com o símbolo da loja, cartão fidelidade e um coraçãozinho de pano SUPER perfumado que deixou as minhas t-shirts com um cheiro deliciosooooo (sério, eu saí mostrando o cheiro para todo mundo aqui em casa!!!! rs). Enfim, sem mais delongas... Para encerrar o post:
Ilustrações lindas e roupas lindas tambééém!!! Mas não poderia encerrar esse post sem deixar de mencionar a importância que o discurso "LUTE COMO UMA GAROTA" exerce para nós mulheres: Agir "como uma garota" durante muuuuito tempo significou algo pejorativo, e até mesmo servia como insulto quando alguém queria diminuir outro alguém. E a gente sabe que isso é fruto do machismo, que trata de perpetuar várias ideias absurdas, e entre elas a de que "ser garota" é algo ruim. Mas felizmente, muitas mulheres estão ecoando suas vozes e mostrando para o mundo que SER GAROTA É ALGO MARAVILHOOOOSO! s2 E é justamente por isso que devemos nos orgulhar do "Hey, você está agindo como uma garota" (inclusive eu fiz um post falando sobre isso ano passado, rsrs). E nada mais interessante (e lúdico, especialmente para a criançada) do que se inspirar nas suas personagens favoritas e mostrar para o mundo que garotas também lutam, jogam, dançam e se divertem tão bem quanto os garotos =) E é por isso que eu ameeei essas ilustrações, e amei mais ainda o fato de elas terem virado camisa!!! É a moda das empoderadas kkkkkkkk <3 E é isso!!! Espero que tenham gostado do post!!! Beijooooo Beijoooo e até a próxima <3 Para quem não conhece, essa é a Seleção Brasileira de Futebol. "Feminino". Vou ser honesta com vocês: enquanto a maioria das pessoas a minha volta amam apreciar e comentar o "futebol brasileiro", eu particularmente nunca me importei com isso (e acredito que existam tantas outras pessoas iguais a mim nesse ponto). Não torço para nenhum time e não acompanho a carreira de ninguém. Mas é inegável o fato de que A MAIORIA das pessoas que vivem aqui no Brasil (e eu me incluo nessa), sabem ao menos que a Seleção Brasileira de Futebol (masculina) é pentacampeã, que o Pelé é o maior jogador da história do futebol e que o Brasil coleciona tantos outros nomes marcantes que fizeram a diferença em nome da seleção.
Sim, eu não torço para nenhum time e pouco me importo com o talento dos jogadores brasileiros, e ainda assim consigo listar COM FACILIDADE alguns nomes desse meio, como por exemplo: Cafu, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Robinho, Neymar, Kaká, Júlio Cesar, Hulk, Daniel Alves, David Luiz, Fred, etc... (isso pq eu falei os primeiros nomes que vieram a minha cabeça)... Agora, se alguém me questionar: "Duda, me diga ao menos o nome de 5 jogadoras de futebol daqui do Brasil?". Honestamente, a única pessoa que me vem à mente é a Marta. Mais ninguém, apenas ela. Sério, como assim? Por que isso acontece? Eu, que nunca gostei de futebol, que nunca fiz a menor questão de entender sobre esse assunto, conheço o nome e o rosto de mais de dez jogadores homens... Mas quando o assunto é jogadoras mulheres, só conheço uma única pessoa. Me falaram a vida inteira que eu vivo no país do futebol. Mas hoje eu entendo que na realidade, eu vivo no país que enaltece apenas o futebol masculino. E isso só acontece por que o Brasil é um país sexista, e não por que a Seleção Brasileira Feminina é ruim (e a prova disso é o fato de que a Seleção Brasileira Feminina se trata da melhor Seleção da América do Sul, ocupa a sexta posição no ranking mundial da FIFA e tem como capitã a jogadora que durante 5 anos consecutivos conquistou o título de melhor futebolista do mundo). E isso é muito injusto. Essas diferenças de tratamento não são apenas frutos de uma herança machista (a Seleção Masculina existe desde 1914, enquanto que a Seleção Feminina desde 1986 -mais de 70 anos de diferença-), mas são também frutos da ignorância de uma sociedade que perpetua e naturaliza o tempo inteiro essa desigualdade. Desde o dia 06 de Junho está rolando no Canadá a sétima edição da Copa do Mundo Feminina. E a nossa Seleção Brasileira de Futebol está por lá dando o seu melhor em busca do título de Campeãs. Até o dado momento, as nossas jogadoras estão indo muito bem, e inclusive já se classificaram para as oitavas de final. Cadê as comemorações do povo brasileiro fanático por futebol? Cadê a mídia para vangloriar os gols decisivos? Cadê as ruas parando para ver o jogo do Brasil? Pois é, nada disso parece interessante acontecer quando se trata de uma Seleção Feminina. TRISTE. Mas espero de verdade que um dia isso melhore. Espero de verdade que um dia as jogadoras brasileiras sejam tão reconhecidas quanto os jogadores brasileiros. E enquanto isso não acontece, algumas mulheres estão se mobilizando nas redes sociais para conversar sobre esse assunto, que vocês podem conferir nesses links: Carol Oliveira (está fazendo de forma independente em sua página pessoal) Esse evento no facebook (que serve como uma página de debates e atualização de placares da Copa do Mundo) A página Empodere Duas Mulheres O Brasil nunca foi o país do futebol. O Brasil é o país que valoriza o futebol MASCULINO. Olaaar Genti! =D Hoje finalmente irei falar sobre um tema que há tempos eu idealizava um post! Bom... Pra começo de conversa, se você acompanha o meu blog desde os primórdios, certamente já deve ter observado que eventualmente eu escrevo sobre assuntos relacionados ao tema “Feminismo”. Mas a verdade é que eu nunca parei pra explicar detalhadamente a vocês o que de fato a luta feminista representa e qual é a sua importância para o mundo. Sendo assim, bora conversar um pouquinho sobre Feminismo? Antes de tentar entender o que é o Feminismo, é necessário que primeiro reconheçamos a existência de alguns problemas, como por exemplo, o machismo: De forma simples e irônica, a charge acima exemplifica uma ideia que infelizmente é muito reproduzida na vida real. A naturalização de atitudes sexistas é algo tããããão enraizado em nossa sociedade, que fica até impossível negar o fato de que DESDE CEDO as pessoas crescem reproduzindo discursos que incitam o ódio entre gêneros. Homens e mulheres crescem aprendendo que são diferentes entre si. Essas diferenças são reforçadas de forma injusta e abusiva, o que acaba acarretando na inferiorização da mulher perante toda a sociedade. E esse tipo de absurdo só acontece por que a sociedade insiste em propagar os estereótipos de gênero ditados pelo machismo, onde é "determinado" que homens devem desempenhar certos papéis e que mulheres devem desempenhar outros papéis. Um exemplo bem bobinho: Mulheres: devem cuidar da cozinha x Homens devem cuidar dos carros. Para muitas pessoas esse tipo de imposição pode parecer um ABSURDO. Para outras, pode soar como algo NATURAL... É evidente que os problemas que nós mulheres enfrentamos vai muito além do que eu acabei de exemplificar. Nossas vidas são marcadas pelas garras do machismo, que trata de promover e nos direcionar DIARIAMENTE a injustiça, inferiorização e objetificação. Sendo assim, cansadas de tamanhas desigualdades, mulheres se uniram (e se unem até hoje) em prol de um objetivo comum: lutar pela equidade entre gêneros! Desde que o feminismo ganhou vida, incontáveis pautas foram conversadas... Uma das pautas mais antigas do movimento feminista é a luta pela equiparação salarial entre gêneros. Ainda hoje, mulheres recebem menos do que os homens (para desempenhar a mesma função). No caso do Brasil, essa diferença chega a 30%. Algumas lutas foram vencidas (eba!!!)... O voto feminino é uma conquista do movimento feminista que é sempre muito bem lembrada pelas pessoas. No Brasil, as mulheres tem esse direito assegurado desde 1932. Mas infelizmente ainda faltam muuuitas conquistas para conseguirmos alcançar o nosso objetivo final... A luta pelo empoderamento feminino tem se fortalecido cada vez mais. Dados terríveis de violência doméstica, violência obstétrica, estupro e feminícidio, levam inúmeras mulheres a lutarem por respeito e autonomia do corpo feminino. Além disso, o combate a imposição de padrões estéticos de beleza também é um assunto muito discutido pelo movimento feminista. Bom... E esse foi o meu resumo (juro que tentei resumir gente rsrs) sobre o que é feminismo e qual é a sua importância para a sociedade! Espero que agora vocês entendam um pouquinho melhor sobre o que se trata esse movimento, e qual é o motivo pelo qual nós feministas lutamos. Sempre que puder, vou liberar mais posts relacionados a temática, ok?
No mais, deixo aqui o meu convite para todas as garotas que leram esse post: venham conhecer melhor o feminismo!!!! Como deu para ver, ele é super importante para a vida de NÓS MULHERES!!!! =) Enfim, espero que tenham gostado do post! Se tiverem alguma dúvida, podem comentar aqui em baixo. Beijo Beijoooooooo e até a próxima =* A sociedade machista me ensinou que mulher que não se depila é porca e desleixada. Eu questionei.6/11/2014 Eu: Bom... Então se a mulher que não se depila é porca e desleixada, o homem também é? Certo????? Sociedade machista: Não. Eu: Ué??? Mas por que não???? Sociedade machista: Por que com a mulher é diferente, oras. O homem não precisa se depilar... Já a mulher, precisa. Além do que, se uma mulher não se depila, fica muito feio... Eu: Toda vez que eu questiono algumas construções sociais, é assim que eu me sinto. Bom gente... A verdade é que eu fiquei motivada a falar sobre esse tema pois hoje eu me deparei com a seguinte ~notícia~ circulando em vários sites: Na matéria do site msn.com, a liberdade de Grazi Massafera é interpretada como "gafe" e "descuido". No R7.com a axila ~peluda~ de Grazi é mencionada com um dos sete motivos que indicam a fase difícil da vida da atriz. Bom... e depois de ter lido tanta baboseira, eu mal sabia o que pensar. Mas aí eu respirei fundo, fiquei calma e logo em seguida só vinham duas perguntas na minha cabeça: É para ter vergonha desse jornalismo de fofoca? Ou é para se deprimir com essa reprodução sem limites de opressão machista? A resposta é sim para as duas perguntas. Ah, e antes de eu começar com as minhas reflexões, confiram abaixo a axila ~peluda~ da Grazi Massafera. Grazi Massafera estava linda e eu amei a pose dela. A verdade é que a problemática que envolve a escolha da depilação feminina versus a polêmica sobre a não-depilação feminina é um assunto sério, gente. É assustador ver o espanto da sociedade quando uma mulher aparece com as axilas naturais, sendo que quando um homem aparece com axilas e até mesmo peitorais muito mais cabeludos NINGUÉM LIGA. Vejam bem: meninas crescem e aprendem a viver com o sofrimento da imposição machista de que quem é do gênero feminino deve ter a pele lisinha. Caso contrário, certamente tais meninas irão ser oprimidas e não aceitas em espaços sociais, podendo sofrer com apelidos maldosos como por exemplo serem taxadas de porcas e desleixadas. E eu falo isso tomando por referência a minha própria experiência, afinal de contas, comecei a tirar meus pelinhos quando tinha apenas 12 anos. "Optei" por me depilar desde tão jovem pois eu aprendi que aquilo era o ~certo~, afinal de contas, EU SOU MULHER E POR ISSO EU NÃO DEVO TER PÊLOS. EU SOU MULHER E POR ISSO EU NÃO DEVO TER PÊLOS. EU SOU MULHER E POR ISSO EU NÃO DEVO TER PÊLOS. EU SOU MULHER E POR ISSO EU NÃO DEVO TER PÊLOS. Bullshit. Me falaram isso a vida inteira e eu acreditei. É fato que no corpo de qualquer ser humano -independentemente do gênero- cresçam pêlos em várias partes. Entretanto, graças a uma construção social machista, meninos e meninas aprendem a acreditar que APENAS as mulheres tem a obrigação de se depilarem e consequentemente, atribuem uma anormalidade para aquelas mulheres que por algum motivo resolvem subverter tal imposição. A verdade é que me dói demais ver uma penca de gente pregando a mesma ladainha de sempre. E se você que está aqui lendo esse post, ainda sente ojeriza toda vez que vê uma mulher linda e livre com pêlos espalhados pelo corpo e ao mesmo tempo ignora quando vê um homem todo peludo, vou lhe propor que repense suas concepções. Pois eu afirmo e lhe informo: tais concepções foram construídas socialmente. E nada te impede de desconstrui-las. Para ajudar vocês, segue abaixo um teste que eu acabei de inventar (risos): Vou postar fotos de homens e mulheres com pêlos. Creio que existam três possíveis reações, e cada uma dessas reações diz respeito ao seu pensamento perante a construção social de ~idéias~. 1) Acha nojento somente quando são as mulheres que tem pêlos = você sofreu com a imposição de um pensamento machista 2) Acha nojento qualquer pessoa que tenha pêlos, independentemente do gênero = você simplesmente não curte pêlos (e desde que RESPEITE a escolha alheia, isso não é um problema! :D mas lembre-se que tal sentimento, trata-se de uma construção social TAMBÉM, ok?) 3) Não se importa se a pessoa tem pêlos ou não = você é deboas =D Vou usar como referência pessoas famosas, ok? Vamos lá: De forma desprevenida, a atriz Julia Roberts e o Ator Jude Law são clicados exibindo seus pelinhos. Madonna e James Franco posando e exibindo seus pelinhos. Penelope Cruz e Jared Leto posaram com as axilas peludinhas também. Drew Barrymore foi fotografada em um momento espontâneo e seus pelinhos saíram na foto. Hugh Jackman também é clicado em um momento despreocupado, e aparentemente, ele exibe sem preocupação nenhuma seu peitoral peludo. Enfim, proposta de reflexão feita, imagens comparativas expostas...
Apenas gostaria de concluir essa postagem fazendo algumas considerações: 1) Depilar NÃO É UM PROBLEMA. O problema é o que existe em torno da prática da depilação, que é o fato da existência de uma imposição social direcionada apenas às mulheres, levando-as a remover os pêlos do corpo pois assim diz "a norma". 2) É importante que reconheçamos que tais questionamentos acerca desse padrão estético não acontece apenas para contrariar a prática da depilação, mas sim para que seja possível gerar um reflexão sobre ATÉ QUE PONTO vai a liberdade de escolha de uma pessoa. É importante que vocês se questionem, e perguntem coisas como: *Até que ponto é real essa vontade que muitas pessoas tem de se depilar? *Será que todo mundo se depila por que gosta? *Será que essas pessoas realizam tal prática por que aprenderam que o certo é ser assim? *Etc, etc, etc. 3) As pessoas tem o direito de ter autonomia e liberdade de escolha sobre o próprio corpo, o que significa que devemos parar de julgar a decisão alheia e respeitar a forma como cada pessoa cuida do próprio corpo. 4) Para os muitos cagadores de regra que existem por aí e que não fazem questão de entender, para vocês eu deixo o seguinte recado: Assim como vocês desejam que nenhuma pessoa ou uma sociedade inteira te julguem por vocês serem quem são, parem de apontar o dedo e reclamar da forma como uma outra pessoa se porta apenas por que vocês ~não gostam~. Deixem de ser merdões. 5) Quero ver essa mulherada linda que existe por aí se empoderando! Quero que todas sejam livres e decidam por conta própria o que querem fazer com o próprio corpo! Um beijo para as pessoas peludas e não peludas que são paz e amor e não cagam regra na vida alheia <3 Oi Gente! Faz tempo que eu não publico aqui no blog algo “mais sério” né? Rs
Hoje darei uma pausa aos meus posts de futilidades que tanto amo para dar espaço a um momento de reflexão junto com vocês! Bom, como o próprio título do post já sugere, hoje irei falar sobre a geração das mulheres QUE INCOMODAM. Já destaco que o que me motivou a escrever esse texto, foi basicamente a irritação que senti ao ler as idéias de um outro texto (disponível aqui), texto esse que foi publicado a 3 meses atrás no site da Folha de São Paulo e que se chama “A incrível geração das mulheres chatas”. Recomendo que leiam o citado, e logo em seguida leiam o meu, para aí sim depois tirarem uma conclusão acerca do tema. Vamos lá? Vou falar por mim. Tenho 19 anos, e isso significa que ainda tenho muito tempo de vivência pela frente para desfrutar. Sou mulher, e isso significa que eu estou sujeita a sofrer inúmeras imposições (imposições essas que são disfarçacadas de normas e/ou condutas sociais para uma boa convivência em sociedade). A cada dia que passa questiono mais e mais os fatos que vivencio e observo, e isso significa que eu anseio por respostas, mudanças e principalmente melhorias para tais questões que preenchem minha cabeça. Sou insubmissa, e isso significa que eu sou uma mulher “chata” (de acordo com a leitura dessas pessoas que perpetuam e tentam enfiar goela abaixo determinados padrões). E em meio a tantos significados nessa minha vida de mulher que questiona tudo, eu continuo tentando entender as razões que levam certas pessoas a acreditarem ávidamente que mulheres como eu, são chatas. a) Será que é por que estamos indo contra as imposições e normatizações dessa sociedade? b) Será que é por que cada vez mais temos autonomia sobre nossas próprias decisões? c) Será que é por que não abaixamos mais nossas cabeças para diversas falas problemáticas e discursos opressores que vemos sendo reproduzido por aí? d) Será que é por que estamos gritando por respeito? e) Ou será que é por que estamos EXIGINDO por respeito? f) Ou então... Será que é por que estamos contrariando cada vez mais os ideais opressores que predominam nessa sociedade patriarcal? Arrisco dizer que a resposta para o meu questionamento está na letra “f”. Afinal, oras, se somos “chatas” é por que no mínimo, incomodamos. Incomodamos por que não gastamos nosso humor rindo de piadas opressoras. Incomodamos por que contrariamos. Incomodamos por que somos DIFERENTES. Incomodamos por que estamos nos tornando mulheres independentes. Independentes da aprovação alheia para fazer o que queremos ou não. Independentes das normas que tentam nos empurrar goela abaixo. Independentes de relações abusivas ou heteronormativas para sermos pessoas felizes. Afinal, a felicidade de uma pessoa –seja essa pessoa homem ou mulher- não depende necessariamente de uma relação afetiva normatizada. Eu POSSO ser feliz sim, tendo um parceiro. Aliás, esse é meu caso. Mas existem mulheres que são felizes sendo livres desse conceito. A felicidade de uma pessoa não se resume ao sexo que ela faz com outra pessoa ou ao convívio de parceira que ela aceita estabelecer com essa outra pessoa também. Pessoas PODEM ser felizes. Pessoas SÃO felizes. E a felicidade por si só é um conceito subjetivo, e acho que não cabe a ninguém, e muito menos a uma sociedade inteira, pré-estabelecer e julgar quais são as normas para uma mulher ser feliz. Ah, e nós não somos chatas. Nós somos é mal compreendidas. E nós vivemos bem desse jeito, somos felizes apesar dos apesares. E se ninguém quiser aturar essa nossa forma diferente e incômoda de ser, eu informo para as demais pessoas da sociedade, que para nós “mulheres chatas”, certamente será um prazer desprezar a companhia dessas pessoas. Nós não reclamamos por que estamos sozinhas. Nós não fazemos um mero "discursinho" de que somos mal compreendidas “pelo mundo e pelos homens”. A verdade é que “o mundo e os homens” é que custam a tentar nos compreender, afinal, a todo tempo vejo pessoas dizendo por aí que somos chatas. Mas esse fato não vai nos abalar. Na verdade, fatos como esse é que são a força que move muitas mulheres como eu, que antes ouvia um monte de baboseira por aí sem se questionar, a passar a se inconformar com uma série de injustiças que acontece por aí. Afinal, Questiono, logo existo. E agora, eu vou sair com minha mãe amada, afinal, nem só de sair com o namorado são feitos meus sábados a noite. Justo. Já adianto para vocês: o título da postagem é sugestivo e de teor irônico, uma vez que me encontro em um *esforço eterno* para entender qual é a relação existente entre esses quatros fatores. O objetivo da postagem de hoje, é o de relatar uma onda de montagens-resposta a um MEME¹ que relativiza os quatro fatores citados no título do post -copo, pernas de fora, beca e diploma- (tais montagens estão circulando na web desde sábado último). Para entenderem melhor, segue abaixo a imagem do MEME em questão. ¹ MEME Na internet, o significado refere-se a um fenômeno em que uma pessoa, um vídeo, uma imagem, uma frase, uma ideia, uma música, uma hashtag, um blog etc., alcança muita popularidade entre os usuários. Reprodução de machismo e misoginia disfarçado de piada facebookiana. Antes de dar continuidade aos meus comentários a respeito do MEME, vou expor abaixo algumas das montagens-resposta que tive a oportunidade de esbarrar pelas redes sociais. ~obs.: todas as montagens que serão aqui divulgadas tiveram autorização de suas respectivas autoras~ (Ah, e detalhe... Se você, que está lendo esse post, em algum momento riu ou concordou com tal MEME, é de se esperar que depois de visualizar as imagens a seguir, você passe por um ligeiro momento de reflexão em relação a suas concepções a cerca dos fatos.) Vamos lá? Essa é a Dayana. Com esse sorriso no rosto, ela nos mostra a coquista de seu diploma acadêmico. E como um ser humano normal, a felicidade dessa jovem ultrapassa as barreiras da universidade, provando assim, o quanto é completamente capaz de curtir sem medo de julgamentos, a sua vida social. E a cereja do bolo é a foto onde ela aparece de "copo na mão e pernas de fora". Ah, e detalhe: alguém reparou que ela está dançando em cima de uma cadeira? Pelo visto essa festa estava boa hein, Dayana? Na foto de destaque, trajando a clássica beca de formatura, Greyce esboça um sorriso de ''formanda'' ao segurar seu capelo. Enquanto que na outra foto, o que Greyce segura é uma latinha de cerveja. Não satisfeita com um copo qualquer, na foto menor podemos ver Isabella (e suas pernas de fora), aproveitando uma festa e tomando algum drink numa taça gigante (risos). Enquanto que na foto maior, vemos a jovem receber seu diploma e canudo de formatura. Detalhe: Ela não trajou beca... Mas sim um lindo vestido. Aliás, que vestido hein? Perfeito para a ocasião de comemoração como uma formatura. Dessa vez, sem "pernas de fora'', Leticia nos mostra que também conseguiu conquistar seu diploma sem deixar de curtir ''seu copo'' e balada com os amigos, e portanto, trata de aproveitar a vida nas horas vagas como bem entende. Essa é Marília. Para muitos, pode parecer ousada com esse copo na mão e essas ''pernas E barriga de fora''. Mas na verdade, ela é uma (entre várias) mulher provando que conseguiu aproveitar a vida (sendo feliz), ao mesmo tempo que lutou para estudar e consequentemente, garantir sua foto ''vestindo beca e segurando um diploma''. Em uma página de humor onde tal MEME estava sendo veículado, Eduarda (minha xará, gente!) postou essa montagem nos comentários, e provou para cerca de 180 curtidores que segurar uma garrafa de cerveja em uma foto, e posar de beca em outra, não possui nenhum tipo de relação e impedimento para o fazer. Arrasou Duda! Clarissa também mostrou suas pernocas em uma foto e posou bebendo em outra. E lógico, esbanjou felicidade com sua beca e diploma universitário em mãos. É isso aí Clarissa! Numa pose de quem "brinda a vida" na primeira foto, vemos Patrícia segurar uma taça enquanto usa seu vestido "de pernas de fora". Na segunda foto, Patrícia está sorridente em sua formatura. DETALHE GENTE: ELA ME DISSE QUE VAI SE FORMAR NO MESTRADO SEMANA QUE VEM, arrasoooooou! Olha só a Ketrilen gente! Tomando cerveja em uma foto, enquanto na outra, é clicada no momento em que vai buscar seu diploma de formatura. Detalhe: ela não usou beca, e arrasoooou com esse vestido curtinho e "de pernas de fora" né? E para encerrar o compilado de fotos... Na foto de destaque, vemos Yandra assinar seu diploma de formatura. Enquanto na outra, a moça faz pose, bico, e segura sua tulipa de gelada com muito glamour. Detalhe: Sua foto teve tanta repercussão em sua página pessoal que, até o dado momento, consta quase 400 compartilhamentos. REPRESENTOU, MULHER! Para mim, acho que só as montagens bastariam... É mais do que auto-explicativo! Essas fotos representam um soco no estômago dos ditadores de regras e comportamentos das pessoas -nesse caso em específico, as mulheres-. Mas, como eu sou tagarela, faço questão de frisar alguns pontos que acho relevante acerca de tal polêmica. POR QUE TAMANHA REPERCUSSÃO A CERCA DE UMA 'SIMPLES' BRINCADEIRA COMO O MEME EM QUESTÃO? 1) Essa charada é fácil de entender. O fato é: as mulheres estão cansadas de terem suas capacidades menosprezadas em detrimento de outras (no caso do MEME, é como se a sociedade não acreditasse que mulheres que saem para se divertir, fossem capazes de estudar também). 2) Tal cansaço as levou a repercurtir na internet. Não existe ferramenta melhor do que as redes sociais para polemizar assuntos pertinentes como o desse exemplo, que é combater o machismo disfarçado de piada através de uma simples réplica ~bem inteligente por sinal~. 3) Para as pessoas mais influenciáveis e/ou não questionadoras dos compartilhamentos que vê na internet, é compreensível que tal "piada" agrade o humor das referidas (uma vez que vivemos em um país onde o povo aplaude de pé piadas racistas, homofóbicas e machistas). Mas, no caso de pessoas mais questionadoras ou que possuem um MÍNIMO de atenção, é fato que as mesmas irão perceber o péssimo gosto e baixa capacidade na formulação da ironia, visto que para começar, tal MEME representa uma reprodução típica de discurso machista, bem como compara fatores completamente desconexos, além de desafiar "uma mulher que bebe e usa roupas curtas" a também "usar beca e portar diploma". Really? Que pensamento mais medieval, hein. Bom, de forma a concluir, vou sinterizar o objetivo desse post... Esse tal burburinho, nada mais é que uma ironização e resposta SADIA às opressões (isso mesmo, opressão) misóginas sofridas pelas pessoas do sexo feminino. O tempo inteiro sofremos com modelos impostos que devemos seguir só pelo simples fato de sermos mulheres. E que como por exemplo, no caso do MEME referido, o que foi feito, nada mais é que um modelo da opressão diária sofrida por nós pessoas do gênero feminino, e que nesse caso, se manifestou através de um desafio insinuante (e aparentemente inofensivo), às mulheres que "postam foto com copo na mão e pernas de fora", a postarem também, fotos trajando "beca e segurando diploma". Tal "piada" é incoerente. Mas, infelizmente, passa despercebido por muita gente (é só reparar o número de compartilhamentos no facebook... supera a margem dos 135 mil). Mas afinal, por que é incoerente? Pelo simples fato de que tal comparação é feita de forma desconexa, uma vez que é posto em dúvida a capacidade das mulheres em conciliar vida social com vida acadêmica. Está mais que na hora de a sociedade acordar e perceber que mulheres são seres humanos dignos de respeito e portanto, possuem plena capacidade para desenvolver diversas atividades em sua vida social, seja saindo para beber ou seja se trancando em casa para estudar para a prova, somos somente NÓS MESMAS quem devemos definir e limitar nossa capacidade. E isso não diz respeito a mais ninguém. Outro detalhe de grande incomodo, é a super valorização de um diploma acadêmico em detrimento das qualidades pessoais de cada indivíduo. Além do que, não necessariamente significa que, se eu porto um diploma universitário em mãos, sou uma pessoa melhor ou superior a qualquer outra, seja eu médica graduada na USP ou Empreendedora (dona do meu próprio negócio) que vende cachorro quente na rua. Antes de sermos profissionais aptos a entrar no mercado de trabalho, somos pessoas e possuimos SENTIMENTOS E CARÁTER, e que estes sim, são passíveis de análise alheia. Sem mais reflexões, concluo esse post com um aviso: Se algum dia eu postar uma foto... DE "PERNAS DE FORA" OU TRAJANDO BURCA... SEGURANDO UM TODDYNHO... OU QUEM SABE UM WHISKEY... OU ÁGUA DE COCO... (eu sei que você pensou na música do Naldo) Por favor, NUNCA duvide da minha capacidade em postar fotos... SENDO FELIZ =) Beijo Beijo =*
Duda Fernandes Iaiiiiiiii galera!!!!!! Depois de uma semana em off, cá estou eu de volta ^^ E a temática de hoje é muito especial, garanto que será do interesse de muitAAAAAAs! rsrs (Sim, dei ênfase no tratamento feminino pois essa postagem é dedicada a nós GAROTAS! Mas os demais sintam-se a vontade para ler também, haha) Antes de prosseguir com meu blablabla, recomendo que assistam esse vídeo: VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=XjJQBjWYDTs VERSÃO LEGENDADA (PT): https://www.youtube.com/watch?v=ugyZzi_tkVQ Bom, depois de ver esse vídeo... E aí? Alguma coisa mudou? Então, só para explicar melhor... #LikeAGirl (ou #ComoUmaMenina, em português) é uma campanha criada pela marca Always (P&G) que nos leva a uma interessante reflexão do que de fato é ser 'uma garota'. Além de possuir uma mensagem linda, é uma campanha que ultrapassa os limites dos interesses habituais das campanhas publicitárias. Reparem ao longo do vídeo, as construções de idéias reproduzidas pelas pessoas. No começo da audição (onde foram convidados meninos e meninas, homens e mulheres), a situação solicitada era a de 'encenar de forma natural' determinadas atitudes feitas por garotas: nesse caso, correr como uma garota, lutar como uma garota, jogar bola como uma garota... E o mais curioso (ou não) é a forma como tais atitudes são reproduzidas pelos adultos (homens e mulheres) e pelo menininho do vídeo. O resultado obtido eram basicamente atitudes/ações extremamente estereotipadas, dando a idéia de que 'agir como uma garota' fosse sinônimo de fragilidade, fraqueza, delicadeza, etc. Mas o ponto chave do vídeo, é quando esse MESMO pedido é feito a garotas mais novas. O resultado é surpreendente. Sem nenhuma espécie de má intenção em reproduzir inverdades, tais meninas agiram como DE FATO quiseram agir. Deram o melhor de si, e fizeram com sinceridade o que garotas tem capacidade de fazer. Talvez, para muitos, tal campanha não faça muita diferença. Mas para mulheres como eu (por exemplo), que já estão saturadas de frequentes duvidas a cerca de nossas respectivas capacidades, esse debate é muito importante e faz uma baita diferença nas nossas vidas. Afinal, é como eles mesmos questionam no vídeo: "Quando fazer "algo como uma garota" virou um insulto?" E a explicação feita pelos responsáveis da campanha para a diferença de reação entre as meninas e os adultos, está no fato de que a confiança das meninas despencam na fase da adolescência, fase da vida em que a pessoa está mais vulnerável e apta a crer facilmente em conceitos estereotipados que são disseminados TODOS OS DIAS em nossa sociedade. E para ilustrar bem a reflexão a cerca do tema, no vídeo é exibido uma parte em que a diretora, após um diálogo, pergunta a uma das atrizes: "Se eu pedisse para correr como uma garota agora, você faria diferente?". E então ela ouve a seguinte resposta: "Eu correria como eu mesma". Tais reflexões somente nos mostra o quanto somos reféns de conceitos e estereótipos. O objetivo da campanha ''#LikeAGirl'' é mostrar a todos (especialmente nós, mulheres e meninas) que ser garota significa fazer coisas incríveis. Ser garota, significa ser um também! E como consequência disso, fica a lição: Ser garota nunca foi e nem nunca será motivo de insulto. Juntas, somos capazes de desconstruir tal ideia falaciosa, que apenas condiz com imposições machistas e de intenções depreciativas da capacidade feminina. E que, da próxima vez que alguém ousar fazer uso de tal termo a fim de diminuir ou depreciar uma pessoa ~seja essa pessoa homem ou mulher~, devemos ter pulso firme e ORGULHO DE DIZER: SER GAROTA É SER CAPAZ TAMBÉM! Em resumo, uma das atrizes no final do vídeo sintetiza perfeitamente do que se trata esse sentimento. Vou transcrever abaixo (traduzido) o trecho reproduzido por ela: ''Se alguém diz que se você corre como uma menina ou chuta como uma menina, ou atira como uma menina é algo que você não deveria estar fazendo, isso é problema deles. Porque, se você ainda está marcando e você ainda está recebendo a bola na hora certa... Você está fazendo certo! Não importa o que eles dizem. Sim! Eu chuto como uma menina, eu nado como uma menina, eu ando como uma menina e eu acordo de manhã como uma menina - PORQUE EU SOU UMA MENINA. E isso não é algo que eu deveria ter vergonha." "Como você se sentiria se eu dissesse que você corre #ComoUmaMenina?" Eu, particularmente, me senti representada. E você? Tem orgulho de ser garota? Quer se libertar desses ''insultos'' que não condizem com sua realidade pessoal? Junte-se a campanha #LikeAGirl! Juntas somos mais fortes!
Enfim, amores, o post de hoje é isso =D Espero que tenham gostado <3 Beijo Beijo! |
Olá gente! Aqui quem fala é a Maria Eduarda e esse é o meu blog onde eu falava de várias coisinhas aleatórias... Atualmente ele está desativado. Bjs =*
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Janeiro 2016
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